São cinco e meia da tarde. Exatamente isso. Estou sozinha em casa, o meu pai foi levar meu irmão à abertura dos jogos internos do meu colégio. Eu não vou. Não estou com a mínima vontade de ir. Todas as minhas amigas vão, e provavelmente passarão o resto da semana dizendo o quanto que foi bom. Mas e daí?
Cinco e meia da tarde, e faz um calor do inferno. Na verdade, fez um calor do inferno durante toda a tarde. Mas minha tarde não foi ruim. Não completamente. Meu computador não estava pegando, fiquei maluca. Tive idéias para maravilhosas histórias... Eu poderia ter pegado papel e lápis. É, eu poderia. Mas não o fiz. Ao invés disso, fui assistir a filmes e tomar sorvete. Acho que as tardes de sexta-feira são completamente propicias a esse tipo de coisa. Eu não tenho uma vida social agitada. Costumava ter. Nunca estava em casa nas sextas...
Agora, são cinco e trinta e cinco. Exatamente isso. Se passaram cinco minutos desde que eu comecei a jorrar palavras nesse teclado. Gosto de fazer isso. Gosto muito. Alguns dizem que eu faço isso bem. É mentira. Eu não acho. Nem eles.
Não é possível você fazer algo bom, sem ter a menor noção do que faz. É o que eu faço. Escrevo sem rumo. Perco a linha. Sempre.
Agora, são cinco e quarenta. Exatamente isso. Já se passaram dez minutos que eu estou sentada em frente ao meu computador numa cadeira desconfortável. Já se passaram dez minutos que estou jorrando palavras no teclado. Palavras ao léu. Completamente sem sentido... A verdade, é que eu não deveria estar aqui. Já são quase seis da tarde, e está na hora de colocar a pizza no forno. Volto já.
Um comentário:
deixa fluir, deixa rolar...
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