6 de setembro de 2010

118 e vanguarda

Meus lábios ardiam de saudade. Não só meus lábios, mas cada centímetro do meu corpo. Ardiam de saudade e de desejo.

Eram poucas as vezes que nós nos encontrávamos, e quando isso acontecia era rápido. Ou pelo menos, o tempo passava mais rápido que o normal. Ele não era um cara de muitas palavras e eu era uma garota de muitos segredos, o que tornava tudo mais excitante. Pelo menos, pra mim.

Quando nos encontrávamos, não falávamos sobre quase nada, a não ser sobre o que faríamos em breve. Depois de três cigarros, eu ignorava os seus comentários insinuantes sobre o meu corpo e sobre o que ele faria com este naquela noite.

Fim da noite. E finalmente, sem roupas ou segredos, caíamos sobre os lençóis do quarto 118. Nessas horas, tudo parecia claro e perto. A única coisa que nos distanciava eram os desabafos da segunda.

O teto não iria cair enquanto houvesse alegria sobre o chão em que eu pisava.

2 comentários:

vinícius reis disse...

Uau, vejo um amadurecimento gigantesco, Isabela. Parabéns!

Grito Interno disse...

Robert, quem vai?

As imagens ficaram lindas *-*