Tínhamos acabado de pendurar o último porta-retrato na parede. Me joguei no sofá. Estava me acostumando com a ideia de que aquela casa era minha. Ou, nossa, melhor dizendo. Era a nossa casa, éramos só nós dois.
Ele se sentou ao meu lado e se achegou perto de mim.
- É tudo nosso, benzinho.
Foi a primeira vez que chamei ele assim e até que caiu bem.
- Tudo, tudinho.
- Daqui pra frente, só nós.
- Compartilhando da colher ao amor...
- É...
Pensei e imaginei um pouquinho. Cheguei a uma conclusão.
- Ô amor, a gente divide cama, colher, café, sofá, tv, filho, carro... Mas computador não, tá?
Ele riu.
- Computador, não. Nem escova de dentes.
- Nem escova de dentes!
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