E lá estava sozinha no café. Lia Schopenhauer deliciada e parecia estar plena. E lá estava ele, curioso sem conseguir tirar os olhos da "Schopenhauerzinha". Se aproximou, pigarreou e ela nem sequer mexeu os olhos.
- Por que, você, tão linda, está sozinha? -perguntou enfim.
Ela olhou nos olhos dele e respondeu calmamente.
- Às vezes, a solidão é a melhor amiga do homem.
Não, aquilo não era um fora. Parecia mais um convite para sentar ali com ela, e foi isso mesmo que ele entendeu. Sentou-se sem cerimônias, ela achou engraçado e riu pra dentro.
Conversaram sobre Schopenhauer, e Hegel, e Nietzsche, e Freud, e Deus. Sobre João Gilberto, Truffaut e Bradbury. Trocaram email, telefone e Facebook.
Se despediram com um abraço e, de olhos nos olhos, acharam sua metade, cada um.
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