A primeira vez que vi Érica, estava chapado demais para reparar noutra coisa que não fossem seus peitos. Joguei uma de minhas cantadas vagabundas, mas logo parei de insistir, saindo atrás de novos peitos e bundas.
Vi Érica uma segunda vez na casa de um amigo. Me contaram de minha mau sucessão algumas noites antes e ainda sim, não desanimei e resolvi me aproximar. Nem precisei conversar muito pra que Érica se encontrasse nos meus braços enquanto eu a enchia de beijos.
Ela falava muito pouco, quase nada e o pouco que conversava era sobre a psicanálise de Freud. Mas Érica encantava a qualquer um; fosse discutindo Freud ou fosse pelos seus cachos e seu corpão, que deixava qualquer um boquiaberto. Érica era linda.
Ela nunca deixava nossos olhos se cruzarem, nem mesmo quando estávamos na cama. Com o tempo, continuava a falar pouco e sofria de variações constantes de humor. Mas, quase sempre me esperava em casa com um ou dois fumos prontinhos. Adorava isso!
Numa noite qualquer, discutíamos muito e entre lágrimas e acusações injustas de Érica contra mim, resolvi sair e só voltar quando ela estivesse mais calma.
Já estava tarde e a Real da Torre, assim como eu, estava vazia. Andei um pouco, por aqui e por ali. Logo voltei pra casa, pensando em dar um beijo em Érica e esquecer toda aquela confusão.
Quando cheguei, Érica estava dormindo, a caixa de Valium ao lado e o copo d’água, como de costume. Dei um beijo em sua bochecha fria e me deitei ao seu lado.
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