26 de fevereiro de 2012

das vontades (de você, de nós dois)

Das vontades de estagnar essas palavras na tua alma. Pra te fazer sorrir, pra te fazer olhar pra mim, pra aquietar esse meu coração que só pensa em você. Pra poder sorrir pra você, todas as manhãs, tardes e noites. Pra rir da vida ao seu lado. Pra te contar as histórias dos dias depois de amanhã. Pra falar de como eu chorei vendo 500 dias com ela e como eu te queria do meu lado nessas horas. Sei lá... Pra poder fazer jorrar e espalhar pelos 4 cantos do mundo, todo esse meu sentimento pronto, prontinho pra ser seu.

13 de fevereiro de 2012

ocitocina

De sentir o teu cheiro em todo lugar, de ver o teu rosto em todos os rostos, de ouvir tua voz vinda de todas as bocas, de conhecer mil e quinhentas pessoas com o seu nome, de pensar em você na hora de dormir e de acordar pensando em você, de sentir saudade sem por quê, de te ter ao meu ladinho todos os dias e rir de toda essa ocitocina que você provoca!

5 de fevereiro de 2012

cenas de quinta feira a noite

Quinta feira a noite, enquanto você tentava ajeitar o projetor para assistirmos pela trigésima vez juntos aquele filme que a gente adora, coloquei "Carinhoso" pra tocar e fomos cantarolando junto com a música. Quando acabou, você olhou pra mim sorrindo e disse que a melhor parte de cantar a música comigo, era que seus olhos continuavam a sorrir e a me seguir e mesmo assim, eu não fugia de você.

É amor, e do jeito que as coisas são entre nós dois, isso não vai acontecer nunca e poderemos cantar só pela música ser bonita, mesmo.

4 de fevereiro de 2012

"só não escreva mais pra mim"

Fevereiro de 2012

Ana,
já não tem mais graça te escrever. Você se foi e milhões de palavras são inúteis, pois nós dois sabemos que você não vai mais voltar. Não vou expor lembranças aqui, Ana. Só vou dizer o quanto foram boas, se é que você ainda se lembra delas.
Você conheceu uma porção de caras novos, um monte de novos lugares e cheiros e sabores e tinta guache. Vai que tenha sido bom. Só não faço ideia se foi bom ou não pra mim, ainda não contabilizei o prejuízo ou o lucro causado por você. Por ora, Recife continua quente e comigo está tudo mais ou menos.
Ainda penso em você todos os dias e ainda acho que a ferida que você foi abrindo durante todo esse tempo, foi crueldade de sua parte. Gravei um CD só com músicas que me lembravam você e ouvi umas 17 vezes. Estou procurando uma nova trilha sonora para minha vida, sua música já está começando a cansar os meus ouvidos, Ana.
Você ainda é viva no cheiro do Capibaribe pela manhã. E é ali que vai ficar, mas só ali, porque aqui dentro tá faltando espaço. Eu já nem sei mais.

Vê se não dá as caras, vê se não me enche os olhos mais uma vez, para então ir embora de novo, como você sempre faz. Assim é melhor pra nós dois.