Admirável mundo novo. Não existem outras palavras para começar este texto, a não serem estas. As mesmas que Huxley usou para intitular o seu livro. Que eu, na verdade, nunca li, mas o título me encanta. Bastante.
Começo este texto com essas palavras, porque tudo é novo a partir de agora. É como uma borboleta que sai do casulo. Ansiando freneticamente por novas experiências. O primeiro vôo é o mais importante.
Talvez eu esteja mentindo, talvez eu ainda não tenha dado o primeiro vôo. Ou talvez eu ainda esteja voando muito baixo, ganhando impulso para subir. Mas o fato de eu desejar, ou o pouco que eu tenho voado, me faz me sentir a mais habilidosa que existe, quando se trata de voar. E como isso é bom!
Voar é relativamente fácil. É só bater asas, e aí estou eu. Livre. E ninguém está notando isso... Ninguém está notando o quanto eu estou livre. Me perdendo, seguindo o curso de minhas próprias asas.
Mas isso não é ruim. Nunca disse que isso era ruim, é preciso se perder pra se encontrar. Encaro tudo isso como lucro, e não como perda. Tudo na minha vida é lucro, a partir de agora. Independente do que seja, eu estou lucrando.
O novo é amedrontador, às vezes. Mas é admirável, sempre. E o medo é gás, para seguir em frente, para ver o que há de novo. É contraditório. Mas viver é contraditório. Cigarros são contraditórios, pessoas são contraditórias, Deus é contraditório.
Talvez, um dia eu seja obrigada a enfrentar as conseqüências. Eu certamente serei. Mas apesar de tudo, poderei encher o meu peito e dizer que eu vivi coisas novas. Cedo demais, talvez. Mas lá estava eu. Sem arrependimento algum.
Até porque, tudo é feito meticulosamente.
Um comentário:
Adorei Isabela, tu consegues passar o que estás sentindo com teu texto. Adorei mesmo.
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