24 de dezembro de 2011

bem cedinho

bom dia, meu amor. acordei mais cedo só pra te ver dormir. são cinco horas e aqui estou eu, te olhando e te sentindo e te amando. que preguiça. fico imaginando no que você está sonhando. deve ser um sonho bom, você está quase que sorrindo.

levanto da cama devagar, quase sem me mexer. o quarto ainda está escuro, mas a janela mostra que o sol já dá o ar de graça, rasgando um dia muito bonito. imagino que tão bonito quanto você, aí, toda encolhidinha, enrolada nesse lençol branco.

vou até a cozinha, coloco água na chaleira e olho o dia nascer. os passarinhos cantam no vizinho, sopra um vento bom no meu rosto e é fantástico ver o dia ganhar cor. bonito mesmo, minha linda. penso que só não desejo você vendo isso comigo agora, porque não queria te tirar da cama, o teu sono tá gostoso demais.

a chaleira apita. fico com medo que você desperte e logo apago o fogo. pó, água, as últimas gotinhas pingando no bule, o cheiro bom de café e você. você tem esse jeito que se mistura com tudo que é bom, e melhora todas as coisas.

tomo meu café ao som do último passarinho cantante, o apartamento já ganhou sua luz e, acredita que o jornal já chegou? volto ao quarto para te olhar mais um pouco, você continua do mesmo jeitinho. dou um beijo na tua bochecha, digo que te amo bem de mansinho e deito novamente ao teu lado. bom dia, meu amor.

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