13 de dezembro de 2012
20 de novembro de 2012
29 de agosto de 2012
24 de julho de 2012
a sua
Eu só quero que você saiba
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Que estou pensando em você
Agora e sempre mais
Eu só quero que você ouça
A canção que eu fiz pra dizer
Que eu te adoro cada vez mais
E que eu te quero sempre em paz
Marisa Monte
21 de julho de 2012
nosso pequeno castelo
Era engraçado como passávamos horas conversando sobre os mais diversos assuntos sem se tocar que existia um mundo além de nós dois. Você apontava os meus medos e eu argumentava sobre como os seus eram mais sem noção. Você nunca conseguia achar uma defesa convincente, mas eu sempre deixava você ganhar e me conformava em ser a "medrosa", como você insistia em me chamar.
Gostava também do seu sorriso torto, quando a gente cruzava os olhares (e eu desviava, porque eu nunca sabia o que fazer quando você sorria pra mim). E gostava de quando você me fazia rir, e não era muito difícil. E também tem o seu cheiro bom e o seu casaco, que eu gostava de usar.
Queria ter te dito o quanto gostava de você e de todas essas manias e frescuras estranhas que você tem. Queria poder te explicar o porque de todas as perguntas que você fazia, e as que não fazia também. Queria ter te feito feliz de maneiras que você nunca imaginaria. Queria ter te dado um beijo na bochecha e um abraço antes de ir embora.
''Não chove, não molha. Não olhe agora, estou olhando pra você.''
isso sempre será sobre nós dois.
Gostava também do seu sorriso torto, quando a gente cruzava os olhares (e eu desviava, porque eu nunca sabia o que fazer quando você sorria pra mim). E gostava de quando você me fazia rir, e não era muito difícil. E também tem o seu cheiro bom e o seu casaco, que eu gostava de usar.
Queria ter te dito o quanto gostava de você e de todas essas manias e frescuras estranhas que você tem. Queria poder te explicar o porque de todas as perguntas que você fazia, e as que não fazia também. Queria ter te feito feliz de maneiras que você nunca imaginaria. Queria ter te dado um beijo na bochecha e um abraço antes de ir embora.
''Não chove, não molha. Não olhe agora, estou olhando pra você.''
isso sempre será sobre nós dois.
27 de junho de 2012
Maitê (você não sabe o que é o amor)
Maitê, eu tinha uma porrada de coisas pra fazer, mas preferi ficar olhando pra essas suas meias com estrelas coloridas, só porque você pediu.
Você de moletom, você me olha com desprezo, você cantarola "you don't know what love is" e ri da minha cara, você tem um belo par de peitos... e de olhos também.
Você me pede pra fazer carinho no seu cabelo cheiroso e aí você diz que estou embaraçando os fios. Você esnoba tudo de bacana que eu faço por você.
Olha, já fui rejeitado por muitas garotas antes, mas com você é diferente. Você é a pior de todas. Você gosta de me fazer de bobo. E eu fico aqui, sendo esse Narciso ao avesso, com essa de eterno apaixonado, escravo, otário, aprendiz de você, Maitê.
Você me atrapalha enquanto leio, você começa a chorar por um motivo desprezível no meio do jogo, você reclama dos filmes que eu escolho, você fala mal de Snow Patrol só pra me encher o saco.
Sua mãe não está em casa, o seu quarto está vazio, mas você nunca quer fazer amor comigo. Você mente pra todo mundo fazendo essa cara de mocinha que só eu sei que você não é. Você enjoada, você me pede pra ir embora.
E você não nega, e você se entrega quando diz:
"Volta amanhã."
Você me pede pra fazer carinho no seu cabelo cheiroso e aí você diz que estou embaraçando os fios. Você esnoba tudo de bacana que eu faço por você.
Olha, já fui rejeitado por muitas garotas antes, mas com você é diferente. Você é a pior de todas. Você gosta de me fazer de bobo. E eu fico aqui, sendo esse Narciso ao avesso, com essa de eterno apaixonado, escravo, otário, aprendiz de você, Maitê.
Você me atrapalha enquanto leio, você começa a chorar por um motivo desprezível no meio do jogo, você reclama dos filmes que eu escolho, você fala mal de Snow Patrol só pra me encher o saco.
Sua mãe não está em casa, o seu quarto está vazio, mas você nunca quer fazer amor comigo. Você mente pra todo mundo fazendo essa cara de mocinha que só eu sei que você não é. Você enjoada, você me pede pra ir embora.
E você não nega, e você se entrega quando diz:
"Volta amanhã."
20 de maio de 2012
as divisões
Tínhamos acabado de pendurar o último porta-retrato na parede. Me joguei no sofá. Estava me acostumando com a ideia de que aquela casa era minha. Ou, nossa, melhor dizendo. Era a nossa casa, éramos só nós dois.
Ele se sentou ao meu lado e se achegou perto de mim.
- É tudo nosso, benzinho.
Foi a primeira vez que chamei ele assim e até que caiu bem.
- Tudo, tudinho.
- Daqui pra frente, só nós.
- Compartilhando da colher ao amor...
- É...
Pensei e imaginei um pouquinho. Cheguei a uma conclusão.
- Ô amor, a gente divide cama, colher, café, sofá, tv, filho, carro... Mas computador não, tá?
Ele riu.
- Computador, não. Nem escova de dentes.
- Nem escova de dentes!
Ele se sentou ao meu lado e se achegou perto de mim.
- É tudo nosso, benzinho.
Foi a primeira vez que chamei ele assim e até que caiu bem.
- Tudo, tudinho.
- Daqui pra frente, só nós.
- Compartilhando da colher ao amor...
- É...
Pensei e imaginei um pouquinho. Cheguei a uma conclusão.
- Ô amor, a gente divide cama, colher, café, sofá, tv, filho, carro... Mas computador não, tá?
Ele riu.
- Computador, não. Nem escova de dentes.
- Nem escova de dentes!
15 de maio de 2012
6 de maio de 2012
24 de abril de 2012
dizia assim
Boa noite,
eu te amo.
Mas ele ainda não sabia que aquelas eram as melhores palavras que ele não havia lido naquela noite.
eu te amo.
Mas ele ainda não sabia que aquelas eram as melhores palavras que ele não havia lido naquela noite.
11 de abril de 2012
14 de março de 2012
era uma vez o advérbio que tirou na mega-sena.
"Eu queria você aqui. Mas você está aí.
E o aí nem tem ideia da sorte que ele tem."
E o aí nem tem ideia da sorte que ele tem."
11 de março de 2012
8 de março de 2012
4 de março de 2012
menina veneno
Acordei atrasado naquela quarta feira. Era verão e fazia calor, mesmo estando de manhã. Te procurei pelo quarto e você não estava lá. Havia tomado minha noite inteira contando histórias e tirando fotos nossas com o celular. Você parecia uma menina de sete anos num playground e aquilo me divertia infinitamente. Você me tomou a noite inteira e ainda acordou mais cedo que eu, espevitadinha que só você! Olhei pro relógio e marcavam 11 horas. Putz! Já não me recordava da última vez que acordei tão tarde assim.
Te procurei pela casa e te encontrei na cozinha, com os cachos fora do lugar, cheios de sono. Olhou pra mim com um olhar todo seu, sorriu e citou Chico, "muito sono de manhã". Você checava seus blogs favoritos e não demorou em dizer que sua autora preferida tinha lançado um post quentinho naquela manhã. Colocava as mãozinhas pequenas num pote de uvas verdinhas e se deliciava, do jeito que você gosta de fazer e eu gosto de observar.
Eu gosto de te observar, você é sempre tão delicadinha.
Perguntou o que eu queria pro café e eu pensei, abri a geladeira e tinha geleia. Nos deliciamos com frutinhas, pão e geleia. Depois, lavamos os pratos e ligamos o som. A primeira música do dia foi Sozinho, do Caetano, que você não gostou e escolheu a dedo Menina Veneno, olhou pra mim com uma carinha de quem ia aprontar e interpretou a música de maneira ímpar. Passamos por milhões de clássicos oitentistas e só sei que no final da manhã, tínhamos nos divertindo como nunca. Viver você é a experiência mais arrebatadora que tenho e estou adorando.
Esse mundo é pequeno demais pra nós dois, mas até que nos coube direitinho.
Te procurei pela casa e te encontrei na cozinha, com os cachos fora do lugar, cheios de sono. Olhou pra mim com um olhar todo seu, sorriu e citou Chico, "muito sono de manhã". Você checava seus blogs favoritos e não demorou em dizer que sua autora preferida tinha lançado um post quentinho naquela manhã. Colocava as mãozinhas pequenas num pote de uvas verdinhas e se deliciava, do jeito que você gosta de fazer e eu gosto de observar.
Eu gosto de te observar, você é sempre tão delicadinha.
Perguntou o que eu queria pro café e eu pensei, abri a geladeira e tinha geleia. Nos deliciamos com frutinhas, pão e geleia. Depois, lavamos os pratos e ligamos o som. A primeira música do dia foi Sozinho, do Caetano, que você não gostou e escolheu a dedo Menina Veneno, olhou pra mim com uma carinha de quem ia aprontar e interpretou a música de maneira ímpar. Passamos por milhões de clássicos oitentistas e só sei que no final da manhã, tínhamos nos divertindo como nunca. Viver você é a experiência mais arrebatadora que tenho e estou adorando.
Esse mundo é pequeno demais pra nós dois, mas até que nos coube direitinho.
3 de março de 2012
26 de fevereiro de 2012
das vontades (de você, de nós dois)
Das vontades de estagnar essas palavras na tua alma. Pra te fazer sorrir, pra te fazer olhar pra mim, pra aquietar esse meu coração que só pensa em você. Pra poder sorrir pra você, todas as manhãs, tardes e noites. Pra rir da vida ao seu lado. Pra te contar as histórias dos dias depois de amanhã. Pra falar de como eu chorei vendo 500 dias com ela e como eu te queria do meu lado nessas horas. Sei lá... Pra poder fazer jorrar e espalhar pelos 4 cantos do mundo, todo esse meu sentimento pronto, prontinho pra ser seu.
23 de fevereiro de 2012
14 de fevereiro de 2012
13 de fevereiro de 2012
ocitocina
De sentir o teu cheiro em todo lugar, de ver o teu rosto em todos os rostos, de ouvir tua voz vinda de todas as bocas, de conhecer mil e quinhentas pessoas com o seu nome, de pensar em você na hora de dormir e de acordar pensando em você, de sentir saudade sem por quê, de te ter ao meu ladinho todos os dias e rir de toda essa ocitocina que você provoca!
5 de fevereiro de 2012
cenas de quinta feira a noite
Quinta feira a noite, enquanto você tentava ajeitar o projetor para assistirmos pela trigésima vez juntos aquele filme que a gente adora, coloquei "Carinhoso" pra tocar e fomos cantarolando junto com a música. Quando acabou, você olhou pra mim sorrindo e disse que a melhor parte de cantar a música comigo, era que seus olhos continuavam a sorrir e a me seguir e mesmo assim, eu não fugia de você.
É amor, e do jeito que as coisas são entre nós dois, isso não vai acontecer nunca e poderemos cantar só pela música ser bonita, mesmo.
É amor, e do jeito que as coisas são entre nós dois, isso não vai acontecer nunca e poderemos cantar só pela música ser bonita, mesmo.
4 de fevereiro de 2012
"só não escreva mais pra mim"
Fevereiro de 2012
Ana,
já não tem mais graça te escrever. Você se foi e milhões de palavras são inúteis, pois nós dois sabemos que você não vai mais voltar. Não vou expor lembranças aqui, Ana. Só vou dizer o quanto foram boas, se é que você ainda se lembra delas.
Você conheceu uma porção de caras novos, um monte de novos lugares e cheiros e sabores e tinta guache. Vai que tenha sido bom. Só não faço ideia se foi bom ou não pra mim, ainda não contabilizei o prejuízo ou o lucro causado por você. Por ora, Recife continua quente e comigo está tudo mais ou menos.
Ainda penso em você todos os dias e ainda acho que a ferida que você foi abrindo durante todo esse tempo, foi crueldade de sua parte. Gravei um CD só com músicas que me lembravam você e ouvi umas 17 vezes. Estou procurando uma nova trilha sonora para minha vida, sua música já está começando a cansar os meus ouvidos, Ana.
Você ainda é viva no cheiro do Capibaribe pela manhã. E é ali que vai ficar, mas só ali, porque aqui dentro tá faltando espaço. Eu já nem sei mais.
Vê se não dá as caras, vê se não me enche os olhos mais uma vez, para então ir embora de novo, como você sempre faz. Assim é melhor pra nós dois.
Ana,
já não tem mais graça te escrever. Você se foi e milhões de palavras são inúteis, pois nós dois sabemos que você não vai mais voltar. Não vou expor lembranças aqui, Ana. Só vou dizer o quanto foram boas, se é que você ainda se lembra delas.
Você conheceu uma porção de caras novos, um monte de novos lugares e cheiros e sabores e tinta guache. Vai que tenha sido bom. Só não faço ideia se foi bom ou não pra mim, ainda não contabilizei o prejuízo ou o lucro causado por você. Por ora, Recife continua quente e comigo está tudo mais ou menos.
Ainda penso em você todos os dias e ainda acho que a ferida que você foi abrindo durante todo esse tempo, foi crueldade de sua parte. Gravei um CD só com músicas que me lembravam você e ouvi umas 17 vezes. Estou procurando uma nova trilha sonora para minha vida, sua música já está começando a cansar os meus ouvidos, Ana.
Você ainda é viva no cheiro do Capibaribe pela manhã. E é ali que vai ficar, mas só ali, porque aqui dentro tá faltando espaço. Eu já nem sei mais.
Vê se não dá as caras, vê se não me enche os olhos mais uma vez, para então ir embora de novo, como você sempre faz. Assim é melhor pra nós dois.
29 de janeiro de 2012
uma vez eu pensei em te deixar
Amor, vou te contar uma coisa. Mas vê se não fica triste, por favor.
Uma vez, uma única vezinha, eu pensei em te deixar. Foi quando você chegou do trabalho e fechou a porta na minha cara, sem nem dar uma olhada pra mesa bonita que eu tinha colocado pra nós dois. É, foi a única vez que eu pensei em te deixar.
Segundos depois me senti o pior cara do universo. Você provavelmente estava cansada, deve ter tido algum aperreio e não queria conversa. Como pude pensar em ir embora de uma coisinha tão linda como você? Como pude pensar em ir embora dos teus olhos, do teu cheiro de coisa doce, das musiquinhas que você cantarola pra mim, do teu sorriso, do teu sono no meu colo... Das coisas que gosto tanto.
Amor, vou te dizer, tá raro encontrar alguém como você. Sou mais sortudo que um ganhador solitário da mega-sena! Me sinto mais feliz também.
Depois de ter batido a porta na minha cara, você a abriu, com os olhos vermelhos e inundados. Se jogou nos meus braços, fungou e agradeceu pela mesa bonita. O seu dia tinha sido realmente difícil, como supus, mas você elogiou pra caramba o meu jantar.
Antes de pensar em ir embora, pensarei em tudo que você é pra mim. E assim, nunca, nunca vou querer ir.
Uma vez, uma única vezinha, eu pensei em te deixar. Foi quando você chegou do trabalho e fechou a porta na minha cara, sem nem dar uma olhada pra mesa bonita que eu tinha colocado pra nós dois. É, foi a única vez que eu pensei em te deixar.
Segundos depois me senti o pior cara do universo. Você provavelmente estava cansada, deve ter tido algum aperreio e não queria conversa. Como pude pensar em ir embora de uma coisinha tão linda como você? Como pude pensar em ir embora dos teus olhos, do teu cheiro de coisa doce, das musiquinhas que você cantarola pra mim, do teu sorriso, do teu sono no meu colo... Das coisas que gosto tanto.
Amor, vou te dizer, tá raro encontrar alguém como você. Sou mais sortudo que um ganhador solitário da mega-sena! Me sinto mais feliz também.
Depois de ter batido a porta na minha cara, você a abriu, com os olhos vermelhos e inundados. Se jogou nos meus braços, fungou e agradeceu pela mesa bonita. O seu dia tinha sido realmente difícil, como supus, mas você elogiou pra caramba o meu jantar.
Antes de pensar em ir embora, pensarei em tudo que você é pra mim. E assim, nunca, nunca vou querer ir.
28 de janeiro de 2012
hoje de manhã eu acordei com um bilhete que dizia assim
"Ô, amor! Desculpa por ter te acordado pela madrugada. Queria te dizer que me ter por perto é assim mesmo. É te acordar às duas da manhã pra fazer arte e te fazer meter o pé na poça laranja de refrigerante que eu derrubei sem querer. Mas eu deixei o seu café e o seu pãozinho com manteiga prontos. Tá lá na cozinha.
Tenha um bom dia. Eu te amo."
é por essas e outras, que eu não me arrependo da escolha que fiz.
27 de janeiro de 2012
19 de janeiro de 2012
Gabriela
Gabriela tomava o café em pequenos goles, parecia um passarinho. Ela era bonitinha. Conversávamos sobre poesia moderna e ela me disse que escrevia algumas coisas. Gabriela era inteligente, sabia uma porrada de coisas e o assunto fluía junto dela. Ela tinha conversa, das boas. Esse foi nosso primeiro encontro.
O segundo encontro foi diferente. Levei o violão, toquei algumas músicas, Gabriela sorriu e bateu palmas e cantou junto comigo. Paguei um sorvete pra nós dois e desatamos a conversar. Tocamos e cantamos algumas outras músicas.
Começamos a sair mais vezes e entre os encontros estavamos sempre dando um jeitinho de nos falar. Viramos amigos, fui almoçar na casa dela e ela conheceu minha mãe. Gabriela me tacava elogios, me enchia de abraço e tinha um cheiro muito gostoso de coisa doce. Gabriela era uma gracinha.
Gabriela tinha uma blusa de renda branca e uma sapatilha vermelha. Cara, como Gabriela era bonita! Como seu sorriso era lindo, e como o sol parecia sempre ser amigo dela, iluminando-a por onde quer que fosse. Ah, Gabriela...
A vida com Gabriela seria perfeita. Teríamos três filhos, moraríamos num apartamento de três quartos e com azulejos azuis. Tocaria violão pra ela na varanda enquanto tomávamos café. E por fim, envelheceriamos juntinhos, e assim ficaríamos até o fim.
Era dia 2 de maio, era uma sexta feira. Coloquei o meu melhor tênis e fomos na melhor cafeteria da cidade. Nunca tínhamos ido ali, era a primeira vez. Pedimos dois cafés gelados, eu não enrolei e fui logo ao ponto. Gabriela ficou quieta e pegou no cabelo, como sempre fazia quando estava nervosa. Eu ri do silêncio dela. Gabriela sempre gostou de fazer suspense.
Mas, ela respirou fundo e disse que não. Que não eram assim que as coisas deviam funcionar e que não dava. E ainda disse mais, que não era porque gostávamos das mesmas coisas que tínhamos sido feitos um para o outro. Gabriela me disse uma penca de coisas desagradáveis naquele dia e foi embora, deixando os dez reais pra pagar o café. Fiquei ali por mais um tempo, tentando digerir o que tinha acabado de acontecer.
Passei no mercado, comprei o uísque mais barato que encontrei e decidi que se era pra tomar um pé na bunda, que fosse bem tomado! Com direito a ressaca e choradeira. E assim foi.
Mas, Gabriela não se foi como o uísque daquela noite. Gabriela ficou pela casa, ficou viva no meu nariz, nos rostos das pessoas que na rua passavam, no canto dos pássaros, nos outdoors, nas músicas, nos sorrisos e onde quer que eu olhasse.
Gabriela não voltou mais.
O segundo encontro foi diferente. Levei o violão, toquei algumas músicas, Gabriela sorriu e bateu palmas e cantou junto comigo. Paguei um sorvete pra nós dois e desatamos a conversar. Tocamos e cantamos algumas outras músicas.
Começamos a sair mais vezes e entre os encontros estavamos sempre dando um jeitinho de nos falar. Viramos amigos, fui almoçar na casa dela e ela conheceu minha mãe. Gabriela me tacava elogios, me enchia de abraço e tinha um cheiro muito gostoso de coisa doce. Gabriela era uma gracinha.
Gabriela tinha uma blusa de renda branca e uma sapatilha vermelha. Cara, como Gabriela era bonita! Como seu sorriso era lindo, e como o sol parecia sempre ser amigo dela, iluminando-a por onde quer que fosse. Ah, Gabriela...
A vida com Gabriela seria perfeita. Teríamos três filhos, moraríamos num apartamento de três quartos e com azulejos azuis. Tocaria violão pra ela na varanda enquanto tomávamos café. E por fim, envelheceriamos juntinhos, e assim ficaríamos até o fim.
Era dia 2 de maio, era uma sexta feira. Coloquei o meu melhor tênis e fomos na melhor cafeteria da cidade. Nunca tínhamos ido ali, era a primeira vez. Pedimos dois cafés gelados, eu não enrolei e fui logo ao ponto. Gabriela ficou quieta e pegou no cabelo, como sempre fazia quando estava nervosa. Eu ri do silêncio dela. Gabriela sempre gostou de fazer suspense.
Mas, ela respirou fundo e disse que não. Que não eram assim que as coisas deviam funcionar e que não dava. E ainda disse mais, que não era porque gostávamos das mesmas coisas que tínhamos sido feitos um para o outro. Gabriela me disse uma penca de coisas desagradáveis naquele dia e foi embora, deixando os dez reais pra pagar o café. Fiquei ali por mais um tempo, tentando digerir o que tinha acabado de acontecer.
Passei no mercado, comprei o uísque mais barato que encontrei e decidi que se era pra tomar um pé na bunda, que fosse bem tomado! Com direito a ressaca e choradeira. E assim foi.
Mas, Gabriela não se foi como o uísque daquela noite. Gabriela ficou pela casa, ficou viva no meu nariz, nos rostos das pessoas que na rua passavam, no canto dos pássaros, nos outdoors, nas músicas, nos sorrisos e onde quer que eu olhasse.
Gabriela não voltou mais.
18 de janeiro de 2012
13 de janeiro de 2012
carta de ano novo para alice e para tom
Alice e Tom,
nunca parem de sonhar. Esse é o meu conselho pra vocês. E sonhem os seus sonhos, não sonhem os sonhos dos outros, por favor! E se os seus sonhos não estiverem indo lá muito bem, lembrem-se que tem alguém que sonha muito maior pra vocês. Não esqueçam disso, tá?!
Nunca deixem que as pessoas digam que seus sonhos são pequenos. E, se disserem, não liguem, afinal, os sonhos são seus e vocês é quem dimensionam o tamanho deles. Nunca parem de sonhar. Nunca, nunquinha! Mesmo que tudo pareça uma droga, mesmo que a vida diga que não vale a pena, mesmo que a realidade entre dentro de casa, e a ocupe quase por completo, não deixem de deixar uma sala bem grande pros sonhos de vocês. Lembrem-se disso. E, ah! Lembrem-se também, de sonhar com o coração.
Cantem bem alto, sorriam até pros postes, usem roupas coloridas, e se quiserem, mesmo "crescidos", podem continuar usando Tandy e levando baldinho pra brincar na areia da praia. Colham flores, comam frutas, tomem banho de mangueira, vejam desenho, experimentem batata frita com sorvete e amem. Amem bem muito!
Eu desejo toda felicidade do mundo à vocês. Desejo vida aos montes, cor, poesia, novidade, flores, música e morangos.
Com amor.
nunca parem de sonhar. Esse é o meu conselho pra vocês. E sonhem os seus sonhos, não sonhem os sonhos dos outros, por favor! E se os seus sonhos não estiverem indo lá muito bem, lembrem-se que tem alguém que sonha muito maior pra vocês. Não esqueçam disso, tá?!
Nunca deixem que as pessoas digam que seus sonhos são pequenos. E, se disserem, não liguem, afinal, os sonhos são seus e vocês é quem dimensionam o tamanho deles. Nunca parem de sonhar. Nunca, nunquinha! Mesmo que tudo pareça uma droga, mesmo que a vida diga que não vale a pena, mesmo que a realidade entre dentro de casa, e a ocupe quase por completo, não deixem de deixar uma sala bem grande pros sonhos de vocês. Lembrem-se disso. E, ah! Lembrem-se também, de sonhar com o coração.
Cantem bem alto, sorriam até pros postes, usem roupas coloridas, e se quiserem, mesmo "crescidos", podem continuar usando Tandy e levando baldinho pra brincar na areia da praia. Colham flores, comam frutas, tomem banho de mangueira, vejam desenho, experimentem batata frita com sorvete e amem. Amem bem muito!
Eu desejo toda felicidade do mundo à vocês. Desejo vida aos montes, cor, poesia, novidade, flores, música e morangos.
Com amor.
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